terça-feira, 17 de novembro de 2015

SOBRE A MODERNIZAÇÃO DAS EMPRESAS CONTROLADORAS DE PRAGAS

Bem recentemente, tive uma discussão, uma divergência de opiniões, com um proprietário de uma empresa controladora de pragas daquelas mais antigas, mais conservadoras e avessas a certos avanços especialmente conceituais que hoje fazem parte de nosso cotidiano. Não estou me referindo a avanços técnicos com equipamentos e produtos. Refiro-me às mentalidades retrógradas, petrificadas e solidificadas de certos proprietários de empresas controladoras. Melhor explico: há no mercado nacional, diversas empresas que disputam a preferência dos clientes em potencial (pessoas físicas e jurídicas) e essas empresas diferem muito entre si a começar por seu tamanho, por sua estrutura, por sua organização, por sua gerência e, por que não, por sua missão e filosofia de conduta. Há proprietários de certas empresas que se recusam a aceitar novas ideias e novos conceitos achando que aquilo que aprenderam há décadas atrás deve continuar a ser praticado, como se os tempos fossem os mesmos. Recado para esses proprietários: os tempos realmente mudaram, senhores. Por exemplo: a abordagem mais moderna para o controle de pragas chama-se Manejo Integrado de Pragas (MIP); seu conhecimento representou um passo extraordinário nesse ramo profissional. O MIP, que já foi chamado de Controle Integrado de Pragas, figura no portfolio de algumas empresas com o nome de Gerenciamento Integrado de Pragas, mas é apenas questão de nomenclatura ou de abordagem de marketing. Sou um defensor confesso e público dessa metodologia mais recente porque ela abrange e preconiza a combinação de medidas preventivas (aquelas que buscam prevenir a entrada de novas pragas infestantes), com medidas corretivas (aquelas que procuram evitar as condições físicas do imóvel que estejam facilitando a sobrevivência das pragas) e as medidas de eliminação das pragas já ali existentes. Essa abordagem é quase infalível quando empregada adequadamente de forma combinada, sem tentar suprimir nenhum apoio desse tripé. Evitar medidas preventivas, ou medidas impeditivas e corretivas ou as ações de controle, deverá conduzir ao fracasso dos objetivos. Mais particularmente, o receio de alguns proprietários mais vetustos de empresas controladoras de fazer uso de saneantes domissanitários, sob qualquer alegação, é uma incongruência. A própria profissão do controlador de pragas pressupõe o uso correto de produtos saneantes na forma da lei; a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde) examina os dossiês e aprova (ou não) aqueles produtos que considera capazes de controlar pragas, liberando-os para venda, desde que seguidas certas disposições estabelecidas em seus respectivos rótulos. Por isso existem inseticidas de uso doméstico, aos quais qualquer cidadão pode ter acesso e inseticidas de uso profissional exclusivo que só as empresas controladoras podem adquirir e usar. Portanto, não há razões que as empresas não o façam. A menos que não saibam, desconheçam a melhor forma de empregá-los ou tenham teorias próprias para tanto. Mas daí ter que ouvir o proprietário de uma empresa controladora chamar os domissanitários profissionais de “venenos” e afirmar que seu uso pode por em risco os usuários do ambiente tratado, vai uma enorme distância! Mas, nosso ramo de negócios está cheio de profissionais, uns mais progressistas, outros não e outros ainda que fingem ser. Que fazer? Em todas as atividades profissionais os encontramos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

DIA DO BIÓLOGO

Hoje é um dia importante no controle profissional das pragas: o dia do Biólogo. Nesse campo profissional, mais e mais biólogos se juntam e trazem novos conhecimentos. Outros, mais avançam na especialização. São profissionais que se atualizam constantemente através de cursos de diferentes tamanhos realizados em Universidades, em Simpósios, Seminários e afins. São profissionais necessários. Parabéns!

sábado, 8 de agosto de 2015

A EVOLUÇÃO NO CONTROLE DAS BARATAS

As baratas são, universalmente, as pragas urbanas mais encontradiças. Áreas urbanas, especialmente aquelas com populações concentradas, são perfeitos criadouros graças à enorme disponibilidade de alimento para elas. As baratas são associadas a locais de sujeira, falta de limpeza e higiene e nunca a locais limpos como hotéis e restaurantes, onde ninguém espera encontrar esses insetos abjetos. Neles, a visualização de baratas provoca, em menor ou maior escala, a perda de clientes e, consequentemente, de lucros. Nas residências infestadas o efeito não é tão devastador, mas existe de acordo com a aversão e sensação de nojo sentidos pelos moradores. A fumigação espacial e a pulverização de superfícies do passado, em determinados locais mostrou-se não somente perigosa, mas agressiva ao meio ambiente também. Hoje, o controle de baratas mudou-se dos super entusiasmados tratamentos de pulverização para entrar numa abordagem integrada que é muito menos arriscada para ambos, seres humanos e o próprio ambiente. Há um foco crescente na prevenção que começa na informação e educação do público sobre a melhor maneira de se atingir o controle das baratas, nas residências e nos estabelecimentos comerciais. Somente aí a eliminação é recomendada. O controle efetivo das baratas baseia-se em dominar o conhecimento. Com o objetivo de livrar-se uma residência ou um estabelecimento de baratas, o profissional precisa saber um pouco sobre elas primeiramente. Como se diz, a prevenção é melhor que a cura e isso deve perfeitamente ser aplicado às baratas. Higiene ambiental, limpeza correta e manutenção adequada do sistema hidráulico representam o eixo central de um efetivo controle das infestações de baratas. Muitas pessoas não sabem que a água, como um vazamento de canalizações ou um entupimento parcial de um dreno, é tão atrativo para as baratas quanto o próprio alimento. A supressão desses vazamentos, removerá as fontes de água que são vitais para esses insetos e outras pragas domésticas. As pessoas comuns têm conhecimento limitado sobre as baratas e seu controle, o que perfeitamente natural. Portanto, os serviços de uma empresa especializada no controle de pragas que esteja tecnicamente habilitada a realizar esse controle é indispensável. Contudo, as baratas são seres extremamente adaptados a sobreviver sob condições das mais adversas e mesmo em ambientes razoavelmente limpos, conseguem se instalar e proliferar, ainda que em infestações não muito pesadas. Diante desse cenário, cabe ao profissional controlador de pragas adotar o melhor programa que integre todas as situações e resulte em controle das baratas num dado ambiente. O profissional deve reunir os conhecimentos necessários para escolher e indicar as abordagens que melhor escolham os caminhos para um controle integrado. Não se trata mais de sair por aí pulverizando ou fumigando o mundo com produtos químicos arriscados. Não que os baraticidas encontrados no mercado profissional já não sejam efetivos. São, mas devem ser utilizados de forma correta e adequada seguindo técnicas de aplicação que garantam a integridade do meio ambiente e seus usuários. Interessantes técnicas levam ao uso de iscas géis e hoje logram atingir ótimos resultados. Tais escolhas técnicas levam em conta informações precisas sobre a biologia desses insetos, o que conduz o profissional controlador a efetuar uma rigorosa inspeção do ambiente considerado. Isso é feito com o objetivo de identificar os criadouros e os pontos de alimentação e hidratação (geralmente localizados um distante do outro). Claro que não só isso. O mais importante para se obter bons resultados no controle das baratas, é que o profissional desenvolva uma verdadeira visão de conjunto da situação. Tão importante quanto a barata naquele ambiente, é saber por que ela ali está. Quais são as condições do ambiente que estejam favorecendo a infestação. Água, alimento, abrigo e acesso constituem o ciclo vital que permitirá a presença de baratas. Cabe ao profissional identificar os elos dessa cadeia e ver o ambiente como um todo. Só então o resultado final de controle será plenamente atingido.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

ESTATÍSTICO SUGERE QUE NOVA YORK TENHA MENOS RATOS DO QUE SE IMAGINA

A Times Square, em Nova York (EUA), é o ponto turístico mais visitado do mundo e recebe, por ano, aproximadamente 35 milhões de turistas Por alguns anos, as estatísticas sugeriram que a cidade de Nova York estava ficando mais segura, limpa e mais cara. Agora, os dados sugerem que a cidade pode não abrigar tantos ratos quanto os novaiorquinos imaginavam - ou gostavam de se vangloriar para os visitantes. Jonathan Auerbach, um estatístico de 26 anos e doutorando da Universidade de Columbia, ganhou recentemente uma competição patrocinada pela Royal Statistical Society of London, instituição de 180 anos de existência. Auerbach conquistou o prêmio com um artigo em que defendeu que há menos ratos na cidade do que quase todo mundo acreditava. Cerca de 6 milhões a menos. Pelos cálculos de Auerbach, a população de ratos é de meros 2 milhões de ratos, com uma margem de erro de 150 mil para mais ou para menos. Ao chegar a este total, ele derrubou a ideia há muito perpetuada de que havia um rato para cada habitante da cidade. A população de Nova York chegou a 8.405.837 em julho de 2013, de acordo com o Departamento de Planejamento. Mas no artigo publicado na revista de estatística Significance sob o título "A cidade de Nova York de fato tem tantos ratos quanto pessoas?" - ele chamou a ideia de um rato por pessoa de um "mito urbano". É o bastante para que nos perguntemos o que virá em seguida. A abordagem do Departamento de Saúde Pública e Mental para contar os roedores envolve o uso do que ele chama de "indexamento de ratos" para inspecionar várias propriedades nas áreas onde eles se concentram. A agência aconselha os donos dos imóveis a contratarem controladores de pragas quando seus inspetores encontram evidências da existência de ratos nos imóveis, e pode emitir advertências se as inspeções seguintes indicarem que não houve adequação às normas. Ela também realiza cursos de capacitação para superintendentes de prédios, administradores de condomínios, proprietários de imóveis e até inquilinos interessados. O departamento de saúde diz que seus esforços tiveram efeito. "Nós vimos uma redução total no número dos vestígios de ratos em toda cidade de Nova York", disse Levi Fishman, porta-voz do departamento, em um e-mail. De quanto foi essa redução? Fishman disse que "não há métodos científicos para contar de forma precisa o número de ratos em Nova York ou em qualquer cidade grande." Da mesma forma, Kevin Ortiz, porta-voz da Autoridade de Transporte Metropolitano, que está imerso na batalha contra os roedores, disse que nunca quantificou a população de ratos que vive no metrô. Auerbach, que foi analista fiscal do Conselho Municipal e do Serviço de Informação sobre o Mercado de Trabalho da prefeitura de Nova York na Universidade da Cidade de Nova York antes de se matricular na Columbia, reconheceu em seu artigo que fazer um censo da população de ratos coloca desafios significativos para um estatístico. "Os animais são péssimos em responder pesquisas", observou, lacônico. Ele enfrentou outros problemas metodológicos. Ele não pôde capturar um grande número de ratos, marcá-los para identificação, soltá-los, capturar outro tanto e contar o número de ratos marcados naquele grupo. Infelizmente, ele escreveu, o departamento de saúde não deve aprovar um experimento de grande escala de soltura de ratos (por motivos óbvios. Em vez disso, Auerbach se fiou em informações sobre queixas de ratos reunidas em 311 registros, disponíveis ao público no portal de dados da prefeitura. Ele relacionou a localização de cada observação positiva no terreno correspondente e concluiu que havia 40.500 terrenos habitados por ratos em Nova York, ou cerca de 4,75% dos 842 mil terrenos da cidade. "Sabemos que uma colônia típica tem cerca de 40 a 50 ratos", ele escreveu, embora não tivesse citado a fonte dessa informação. Assumindo - "com generosidade" - que o parâmetro maior seja razoável, ele estabeleceu a população de ratos em 2,02 milhões. A ideia de que a população de ratos é menor do que 8 milhões não é novidade, de acordo com Robert Sullivan, que escreveu um livro sobre ratos. O título era "Ratos: Observações sobre a história e o habitat dos moradores mais indesejados da cidade. "Qualquer um que saiba alguma coisa sobre ratos, sabe que não existem 8 milhões de ratos", disse Sullivan em uma entrevista na quarta-feira. "Mas qualquer um que saiba alguma coisa sobre ratos também sabe que todos amam a ideia de 8 milhões de ratos. O cenário de um rato por pessoa é bem improvável." Mesmo assim, ele diz que a teoria foi contestada depois da 2ª Guerra Mundial pelo estudioso de comportamento animal David E. Davis, que prendeu ratos em apartamentos no East Harlem e estimou que a cidade abrigava na época um rato para cada 36 pessoas. O artigo de Auerbach foi um dos três finalistas julgados por um painel de estatísticos profissionais. Ele foi convidado a falar na conferência anual da sociedade em Sheffield, Inglaterra, ocorrida em setembro último. O público "tinha muitas perguntas sobre as minhas hipóteses - se elas se sustentam diante do conjunto de dados", disse ele."No final, deixei um desafio: 'vamos ver se alguém faz melhor”. Eu não tentei divulgar o trabalho como um biólogo, entendendo a espécie. Divulguei como contribuinte que paga pelos serviços públicos. O governo está divulgando dados e o que nos interessa é como podemos usar esses dados para envolver as agências públicas e falar sobre os serviços que elas fornecem?"Tradutor: Eloise De Vylder (com adaptações do Higiene Atual).

quarta-feira, 4 de março de 2015

UMA NOVA ARMADILHA PARA ROEDORES

Especialistas da Nova Zelândia ficaram impressionados com os resultados obtidos com uma nova armadilha acionada à CO2, conhecida como A24, que lembrou os drásticos resultados contra roedores quando se empregava 1080 (monofluoracetato de sódio), hoje banido no Brasil. O Departamento de Conservação – DOC da NZ descreveu a A24 como um passo significativo na direção de melhores armadilhas contra roedores e pássaros danosos (ex: próximo às pistas dos aeroportos). A A24 rearma-se sozinha e aniquilou as populações de roedores na região noroeste de Napier (testes conduzidos pelo DOC nos Condados de Onepu in Te Urewera e Boundary Stream). Esses resultados surpreendentes contrastaram com os obtidos nas cercanias onde populações de roedores continuaram sobrevivendo. Stu Barr, um especialista da companhia baseada em Wellington que desenvolveu a nova armadilha, disse que a meta era atingir zero infestaçÃO, como se conseguia usando o 1080, correndo todos os riscos. Impulsionada por cilindros de CO2 (vide foto), essas armadilhas se rearmam automaticamente após o acionamento e podem matar até 24 roedores até que seus cilindros precisem ser recarregados ou trocados. Kevin O´Connor, diretor do Grupo de Serviços do Departamento de Conservação afirma que esses ensaios são muito promissores. Ele diz: “É um passo significante para que tenhamos uma opção melhor e mais efetiva no controle de certas pragas de porte”. Stu Barrer, comparando os resultados obtidos com o banido 1080 e a armadilha A24, afirma que este dispositivo pode ser empregado em grandes áreas sem os enormes riscos do 1080. Afirma que a A24 pode proteger habitats sob risco e previne o reagrupamento de populações de roedores. Afirma ainda que a A24 pode ser capaz de proteger espécies de aves nativas sob ameaça. Como funciona a A24? Os roedores são atraídos à armadilha impregnada por um potente feromônio de longa vida (e aí está o “pulo do gato”); assim que o roedor passa o focinho pela área do gatilho ultra sensível, a armadilha é acionada; Um pistão atinge a cabeça do roedor matando-o instantaneamente, voltando à sua posição de origem; o cadáver cai ao solo e a A24 rearma-se automaticamente pronta para capturar o próximo roedor. Fonte: NZ Herald. Nota do Higiene Atual: há mais de três décadas existe no comércio especializado norte americano, uma armadilha automática movida à eletricidade de modelo muito próximo à A24, denominada Trap-a-rat, fabricada, se não me falha a memória, em Portland, Oregon.