quinta-feira, 22 de maio de 2014

MORCEGOS (DVD)

Continuando minha saga de cinéfilo caçador de baciadas, estava eu campeando eventuais pérolas numa baciada de ofertas de DVDs encalhados a baixo custo em um supermercado, quando me cai nas mãos um DVD intitulado MORCEGOS (Bats, em seu título original norte americano). Custou somente R$ 6,90 e por esse preço não poderia deixar de leva-lo, não fossem outros meus motivos para tanto. Estrelando, o conhecido Lou Diamond Phillips que já foi índio, esquimó, cowboy, policial navajo, chicano e cantor entre tantos papéis que já desempenhou. Neste DVD é um Xerife de uma pequena e pacata cidade do Texas. A mocinha é a bonita lourinha Dina Meyer, uma zoóloga especialista em morcegos. Contrapõe o ator negro Leon Carlos Jacott que, aliás, se sai muito bem como um auxiliar gaiato da doutora. Trata-se de um filme de suspense e terror figurando os inimigos morcegos raposa que fugiram de uma laboratório secreto do exército onde foram geneticamente manipulados e receberam um vírus que os torna seres pensantes, muito fortes e onívoros, adorando carne humana. Após uma série de ataques mortais a seres humanos e outras peripécias, invadem a cidade e o trio principal vai combatê-los numa velha mina abandonada, quartel general da morcegada (aos milhões). A gente fica sempre na expectativa para saber qual o final que o filme dá ao problema. Entre as sugestões de combate urgente, discutiu-se sobre o uso de clorofacinona, hipótese abandonada por ser “demasiadamente arriscado a seres humanos”. Não entendi direito o escorregão, pois eles só tinham 48 horas para liquidar o problema e a clorofacinona é um anticoagulante de dose múltipla; mas, enfim, em Hollywood tudo pode. Meus R$ 6,90 valeram afinal!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

MENSURANDO RESULTADOS NO COMBATE A BARATAS

Continuando essa série de posts que temos publicado sobre o tema mensuração de resultados, vamos conversar um pouco sobre o combate a baratas. É bem mais simples do que mensurar roedores, pois já existem no comércio especializado, e até em supermercados, as placas colantes anti baratas. Esses dispositivos não passam de placas contendo uma fina camada de cola que leva certo tempo para endurecer, prolongando assim a vida útil dessas armadilhas. É só armar a armadilha fechando a parte superior de proteção, deixando livres os espaços laterais para que as baratas possam adentrar ao dispositivo. Geralmente essas placas colantes vêm acompanhadas de uma isca para atrair as baratas passantes; na maioria das vezes a isca é uma mistura de açúcar refinado e pó de canela, embora já haja no mercado placas com outros tipos de isca. Como funciona essa armadilha? Colocada em locais corretos (próximo a pontos infestados), supostamente as baratas que caminharem nas proximidades serão atraídas pelo odor da isca e entrarão na armadilha onde serão aprisionadas pela cola. Diferentemente do comportamento dos roedores, as baratas não se apercebem do perigo e continuarão entrando e sendo capturadas. Certa vez, em um local com pesada infestação mista de baratas, tanto da barata de esgoto (Periplaneta americana) quanto da barata alemãzinha (Blatella germanica), sob uma pia ao lado de um fogão em um desses botecos sujinhos onde fazíamos o ensaio de uma nova combinação de biocidas, no pré censo, empregando cerca de 25 armadilhas distribuídas na área, uma armadilha colante capturou nada menos que 62 baratas de ambas as espécies. Naquele ensaio, o protocolo determinava que as armadilhas fossem recolhidas em 24 horas, mas acredito que se elas fossem deixadas por mais tempo, o número de capturas poderia ainda aumentar, tal o grau da infestação que ali havia. Sim, então essas armadilhas servem para os dois tipos mais comuns de baratas? Servem, se corretamente colocadas próximas aos pontos focais. E qual o procedimento para mensurarmos os resultados no combate às baratas utilizando essas armadilhas colantes? Como sempre, duas fases, dois censos. No primeiro dia dispomos certo número de armadilhas na área infestada; o número de armadilhas vai depender da extensão dessa área e suas características, o profissional decide. É importante fazermos um desenho (croquis) aproximado da área, assinalando os pontos onde cada armadilha foi colocada. No dia seguinte recolhemos essas armadilhas, abrimos e contamos as baratas capturadas, identificando as espécies. Em seguida praticamos a aplicação do método de controle que escolhemos (seja por géis ou pastas baraticidas, seja por pulverização), deixando que atue por uma semana. No oitavo dia voltamos e novas armadilhas exatamente nos mesmos pontos de onde retiramos as armadilhas no primeiro dia. Novamente no dia seguinte repetiremos a contagem, agora para compararmos números. Exemplo: no primeiro censo contamos, digamos, 25 baratas em uma determinada armadilha; no segundo censo, a armadilha colocada no mesmo ponto focal mostrou duas capturas. Portanto (regra de três simples) 2 x 100 dividido por 25 = 8 ou seja, obtivemos 92% de sucesso. Cappice?